Relatório Final do Grupo de Trabalho de Transição Energética da ABESPetro
Sumário Executivo
Com base nas recomendações do GT de Transição Energética, a ABESPetro assume o compromisso de auxiliar suas associadas a expandir para outras áreas de energia renovável quando estas tiverem uma relação direta com a descarbonização do óleo e gás, como por exemplo, CCS e CCUS, energia eólica offshore flutuante, entre outros. Em casos em que a área de energia renovável não estiver diretamente relacionada à descarbonização do óleo e gás, a ABESPetro poderá estabelecer parcerias estratégicas com outras associações fortes do setor. A partir de agora, a equipe administrativa da ABESPetro também fica responsável por monitorar o tema da transição energética e reportar mensalmente na reunião das associadas.
Recomendações
Este relatório apresenta as recomendações do Grupo de Trabalho (GT) de Transição Energética da ABESPetro com o objetivo de orientar o posicionamento da associação diante do tema da transição energética. As recomendações foram elaboradas a partir da análise de uma pesquisa interna realizada em maio de 2023, que contou com a participação de 36 associadas. Essa pesquisa revelou que a transição energética já é uma realidade no setor de óleo e gás, com 70% das empresas relatando terem sido solicitadas a implementar medidas de redução da pegada de carbono em seus ativos e atividades. Os resultados dessa pesquisa foram discutidos em reuniões subsequentes do GT de Transição Energética e posteriormente apresentados na Reunião Mensal dos Associados, realizada em maio de 2023.
Para elaborar as recomendações, consideramos o seguinte contexto:
- As empresas petrolíferas estão exigindo maior eficiência nas emissões e investimentos em tecnologias para descarbonizar suas atividades e gerar energia por meio de fontes renováveis.
- Além disso, 97% das empresas acreditam que devem acompanhar as petroleiras em seus esforços para expandir para outros mercados de energia.
- Houve divergência de opiniões quanto ao posicionamento da ABESPetro, se esta deveria se manter como uma associação focada exclusivamente na cadeia produtiva de óleo e gás ou ampliar seu escopo para diversas áreas de energia renovável, além do óleo e gás.
- Sendo assim, o GT de Transição Energética faz as seguintes recomendações:
- Mantendo seu foco e missão voltados para a indústria de óleo e gás, a ABESPetro deve continuar auxiliando as empresas a superarem os enormes desafios existentes no setor. Ao mesmo tempo, reconhecendo que o mercado caminha para uma nova dinâmica na qual a descarbonização do setor será uma vantagem competitiva, a ABESPetro deve se dispor a auxiliar as associadas em seus esforços para descarbonização de atividades ligadas às operações e projetos de óleo e gás.
- Embora a importância de acompanhar as petroleiras em outros mercados de energia seja reconhecida pela maioria das associadas, a ABESPetro não deve se envolver diretamente nas estratégias comerciais de curto e médio prazo relacionadas a outros mercados para a transição energética. Quando a área de energia renovável não estiver diretamente relacionada à descarbonização do óleo e gás e o assunto for de interesse de um determinado grupo de associadas, a ABESPetro poderá estabelecer parcerias estratégicas com outras associações fortes do setor, como por exemplo a ABEEOLICA e a ABSOLAR.
- Considerando a falta de consenso em certos temas, a ABESPetro não deve ampliar o escopo da associação para incluir empresas que não estejam originalmente ligadas ao setor de óleo e gás ou que não possuam relações com petroleiras.
- Quanto à mudança de nome ou re-branding para refletir o novo cenário de transição energética, como não houve consenso na pesquisa, o GT
recomenda que o nome seja mantido, mas reforça a necessidade de melhorar a comunicação de forma a incluir este novo posicionamento relacionado à descarbonização do setor, assim como reforçar o apoio da associação aos prestadores de serviço e fabricantes de bens e equipamentos. - Considerando as dinâmicas da indústria, a ABESPetro deve acompanhar a evolução do tema e revisitar essa proposta de posicionamento dentro de 1 ou 2 anos.
- Os coordenadores do GT devem realizar uma reunião com a assessoria de imprensa responsável pela comunicação externa, de forma a reforçar a recomendação de posicionamento a ser incluída na campanha de comunicação.
- A equipe administrativa passa a ficar responsável por monitorar o tema da transição energética no setor, conversando regularmente com as associadas, interlocutores políticos, e representantes de outras associações relevantes. Novidades sobre o tema deverão ser apresentadas mensalmente durante a reunião das associadas. Se necessário, o GT Transição Energética poderá ser reativado.
Telmo Ghiorzi – Secretário Executivo ABESPetro
Robertha Marques – Coordenadora GT Transição Energética
Luana Duffé – Sponsor GT Transição Energética
Tércio Pinho Filho – Analista de Políticas Públicas ABESPetro